Num banco
meio escondido da praça principal está um casal em pura prática do amor, mãos
dadas, a cabeça dela no ombro dele, ele beija a sua cabeça ao mesmo tempo que
cheira o seu cabelo. Ela é tao bela, tem a pele tão macia, a voz tão doce, olhar
angelical e ele é tão desejado pelas outras garotas, tem os músculos definidos,
sorriso contagiantemente lindo, dentes fortes, bem-humorado e super, super carinhoso.
Eles se encontram todos os dias à tardinha naquele banco da praça, gostam de admirar o pôr do sol e fazer planos para o futuro.
Ela é Ana e vê
um casal passeando com seus dois filhos pela praça, a mãe vai correndo atrás do
filho menor que cai toda hora, porque esta aprendendo a caminhar, e o pai vem
mais atrás devagar conversando com o filho mais velho e observando a sua mulher
e o seu filho caçula. Então eles param e sentam num banco perto do deles, o
marido acende um cigarro e a mulher ao
seu lado começa a conversa sem parar, sobre os novos vizinhos da frente, o marido da
amiga do trabalho que a deixou por uma mulher mais velha, vai entender, sobre a
nova cor que quer nos cabelos etc.
Ana, a
mocinha olha para eles e pensa: - o meu sonho é casar, ter filhos, um casa, um
marido e vir passear nessa praça com meus filhos. Como deve ser feliz essa
mulher, tem tudo o que todas as mulheres desejam. Não vejo a hora de sair da
casa da minha mãe e ter a minha casa, cozinhar pro meu marido e filhos, dormir
agarradinho todas as noites…
A mulher então
depois de conversar bastante e ouvir do marido entre uma traga e outra só sim,
não, é , nao sei, é? fica um momento em silêncio e olha para o casal de
mocinhos e pensa: - ah! se pudesse voltar esse tempo, tempo bom
era esse que a minha preocupação era estudar e me arrumar para ir encontrar com
o meu namorado no banco da praça, nunca imaginei que casamento fosse tão complicado,
a falta de liberdade, a rotina, convivência diária,, correr atras de menino, acordar
cedo para trabalhar e quando chega cansada ter que dar atenção e cuidar dos
filhos, porque o pai não faz do mesmo jeito que a mãe, é por isso que pai é pai
e mãe é mãe. Como era bom esse tempo de mocidade, ser solteira, paquerar com o
novo aluno da escola, conversar com as amigas, não ter contas para pagar, ter o
sabado e o domingo livre sem nada programado, dormir tarde e acordar
descansada, namorar, namorar, namorar… Eu morando na minha casa e ele na dele,
comer a comidinha feita pela minha mae todos os dias! Ah tempo que não volta,
acho que não amadureci, - pensa ela com um sorriso tímido nos lábios.
De repente,
volta a realidade por uma voz masculina grave, enquanto a cutuca:
-
Amor, você parece que tá com a cabeça
voando, olha o juninho fez cocô…
Moral da história:
Devemos viver
todas as fases da vida, de forma bem-vivida, sem pressa de acabar, pois já passa tão rápido. Todas as fases são boas e tem suas dificuldades e chatices, a vida não é ideal, ela é real, as mudanças fazem
parte do caminho da vida! E que seja longo esse caminho!
NayMendes
Adorei Nay realmente a vida deve ser bem vivida sem pressa de acabar!
ResponderExcluirPaula Ramos